sábado, 28 de fevereiro de 2015

União Europeia. Os nórdicos são mais felizes no trabalho

Em resposta ao comentário do Coro Triflaviense que nos alertou para o comportamento dos outros trabalhadores da União Europeia, aqui fica esta noticia


A insatisfação com o trabalho é maior no Leste e no Sul da Europa, mas também é nestes países que se valoriza mais a carreira.

Primeiro as boas notícias. Os portugueses gostam de trabalhar e consideram o trabalho uma dimensão central da vida. Depois as más: os portugueses fazem parte da lista dos europeus que se dizem menos satisfeitos com a carreira, ao lado de naturais de países como a Estónia, a Grécia e a Hungria. Pior ainda: as sociedades em que o trabalho é mais valorizado são as que sentem mais intensamente os efeitos negativos do desemprego e do trabalho precário.



2014-05-21 07:43
Rosa Ramos

Os Melhores Fornecedores RH de 2015


Fevereiro 27, 2015



Conheça as empresas vencedoras deste ano na área de Recursos Humanos.


A High Pay Institute ficou em 1.º lugar no Top Ranking Global nos “Melhores Fornecedores de RH 2015”, que reconhecem as melhores empresas da área de Recursos Humanos. Seguram-se o Grupo CH (2.º), a Mediaview (3.º), a Ray Human Capital (4.º) e a Randstad (5.º) nesta lista.


Na categoria “Recrutamento, Selecção, Avaliação de Competências e Outplacement” figuram a Ray Human Capital, Adecco, Kelly Services e a EGOR – Recrutamento e Seleção. Na de “Formação, Coaching e Desenvolvimento Profissional” foram distinguidos o High Play Institute, Grupo CH, Egor Formação, CENFIM, Adecco e Global Estratégias.


Na área de “Trabalho Temporário e Outsourcing”, foram reconhecidas a Egor Outsourcing e Trabalho Temporário, Randstad, Olisipo, Adecco e Kelly Services.


Na área de “Consultoria”, foi galardoado o Grupo CH. Já na de “Segurança e Saúde no Trabalho” foram consideradas a Atlanticare e Esumedica. Na de “Tecnologia e Sistemas de Informação Aplicados à Gestão RH”, a Mediaview foi a escolhida.


Os “Melhores Fornecedores RH” são uma iniciativa da APG, em parceria com as empresas Qmetrics e Mínimos Quadrados.

http://hrportugal.pt/2015/02/27/os-melhores-fornecedores-rh-de-2015/

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Stress no trabalho aumenta em até 70% risco de problemas cardiovasculares em mulheres

Pesquisa feita em Harvard mostrou que empregos que exigem muitas tarefas em pouco tempo elevam chances de mortes por doenças do coração






Mulheres que trabalham em ambientes muito stressantes, em comparação com quem sofre menos stress no emprego, têm um risco maior de passarem por uma cirurgia cardíaca, de sofrerem algum evento cardiovascular, como um enfarte ou um derrame cerebral, ou então de morrerem em decorrência de um problema como esse. Essa é a conclusão de um estudo feito no Hospital Brigham and Women, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, publicada nesta quarta-feira no periódico PLoS One, porém, a insegurança em relação ao emprego não afeta essas chances.

Os pesquisadores consideraram um trabalho muito stressante como aquele cujas tarefas demandam muito das mulheres - ou seja, as fazem produzir o tempo todo com prazos difíceis de serem cumpridos e as deixam sempre em estado de tensão. Segundo os resultados, em relação a mulheres cujo emprego era menos stressante, aquelas que sofriam mais stress no trabalho tiveram um risco 40% maior de terem qualquer problema decorrente de uma doença cardiovascular (ataque cardíaco, AVC, cirurgia ou morte) e aproximadamente 70% mais chances de sofrerem um enfarte não fatal.

Essas conclusões foram baseadas em 10 anos de pesquisa feita com 22.086 mulheres que tinham, em média, 57 anos quando o estudo começou. Durante esse período, foram registados 170 ataques cardíacos, 163 casos de acidente vascular cerebral (AVC) e 52 mortes por doença cardiovascular. Ao calcularem a relação entre stress no trabalho e esses eventos cardíacos, os pesquisadores também levaram em consideração outros fatores de risco, como idade, estilo de vida e hábitos alimentares.
"Empregos altamente stressantes e que provocam tensão entre os trabalhadores são uma forma de stress psicológico e surtem efeitos adversos à saúde cardiovascular a mulher a longo prazo. Nossos resultados sugerem a necessidade de cuidados especiais de saúde a pessoas que sofrem maior tensão no trabalho e que, portanto, podem ter um maior risco de eventos cardiovasculares", diz a coordenadora da pesquisa, Michelle Albert.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/stress-no-trabalho-aumenta-em-ate-70-risco-de-problemas-cardiovasculares-em-mulheres

Portugal tem o quinto salário mínimo mais baixo da zona euro

26/02/2015 16:42:36

A Grécia foi o único país onde o salário mínimo recuou entre 2008 e 2015
Shutterstock




Portugal tem o quinto salário mínimo mais baixo da zona euro, apesar de o recente aumento ter permitido ao país sair do grupo de Estados-membros com salários mínimos abaixo dos 500 euros mensais, revela hoje o Eurostat. 
Ainda assim, e entre os países da zona euro que têm salário mínimo, Portugal só fica à frente dos três países bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) e da Eslováquia

De acordo com os dados do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, referentes a 01 de Janeiro de 2015, entre os 22 dos 28 países da UE que praticam o salário mínimo, os valores oscilam entre os 184 euros por mês na Bulgária e os 1.923 euros no Luxemburgo, surgindo Portugal sensivelmente a meio da tabela.

Apontando como salário mínimo em Portugal o valor de 589 euros (o salário aumentou para 505 euros em Outubro de 2014, mas o Eurostat assume o pagamento dos 13.º e 14.º meses), o gabinete de estatísticas coloca Portugal num grupo intermédio de Estados-membros de cinco países onde o vencimento se fixa entre os 500 e os 1.000 euros, sendo que Portugal é o último desses cinco países, atrás da Grécia (684 euros).

A Grécia foi o único país onde o salário mínimo recuou entre 2008 e 2015 (-14%), enquanto a Irlanda, outros país que esteve sob programa de assistência financeira, não conheceu qualquer alteração nos últimos sete anos (mas atinge o valor de 1.462 euros), tendo Portugal registado no mesmo período uma subida de 19%. 

Ainda assim, e entre os países da zona euro que têm salário mínimo, Portugal só fica à frente dos três países bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) e da Eslováquia, todos com remunerações mínimas entre os 300 e os 390 euros.

Lusa/SOL

GRH3 - Com tanta desigualdade, Portugal? Nem pensar 

Cremos que este seja, e realmente é o que mais se ouve falar, o grande motivo que leva os jovens e não só abandonar Portugal.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Colaboradores esperam mais recompensas salariais em 2015

24-02-2015


Nível de satisfação global nas empresas caíu em 2014, mas expectativas sobem este ano.

O aumento das recompensas - como salários, bónus e benefícios - é destacado pelos colaboradores como a principal iniciativa que esperam ver concretizada nas suas empresas no próximo ano. Uma expectativa a que juntam outras, como uma maior aposta no desenvolvimento pessoal (com mais formação), no desenvolvimento do negócio (com mais inovação de produtos e serviços) e na gestão de talentos (com melhores avaliações de desempenho e mais possibilidades de promoção profissional). 

Estas são apenas algumas das conclusões do inquérito feito a mais de 28 mil colaboradores avaliadas no âmbito dos prémios "Excelência no Trabalho 2014", conduzido pela Heidrick & Struggles e pelo INDEG-ISCTE - uma iniciativa que conta ainda com a parceria do Diário Económico e que este ano contou com a candidatura de 200 empresas de 11 sectores de actividade.

O estudo deixa várias pistas sobre os níveis de satisfação das equipas, depois de medidos indicadores como as práticas de liderança, as condições de trabalho, a gestão de talentos, a orientação estratégica ou a confiança na própria organização. Globalmente, ainda que de forma muito ligeira, o índice de satisfação dos colaboradores baixou face ao ano anterior. Uma retracção que a crise económica e os processos de reestruturação ajudam a explicar.

Ainda assim, a avaliação da gestão de topo, marcou pontos positivos, em especial nas maiores empresas. Os sectores também se distinguiram na avaliação da excelência. De acordo com o mesmo estudo, a banca e seguros, consultoria, indústria e energia, tecnologia, media e telecomunicações e o sector público foram as áreas que registaram algumas melhorias no nível global de satisfação face ao ano anterior. Já outros sectores, como o da construção, grande consumo e retalho, turismo e imobiliário, saúde e farmacêuticas e serviços registaram uma ligeira quebra.

Um dos desafios deste inquérito, como reforçou António Caetano, responsável pela área de ‘research' do INDEG-ISCTE Business School, passa agora por levar as empresas e os seus líderes a avaliaram as suas conclusões. Mais: a avaliarem o impacto que podem ter na melhoria do clima organizacional e na gestão do capital humano. Até porque o estudo parte do ‘feedback' que os colaboradores deixam sobre a sua organização - e o que esperam dela.

As lições do "chef" José Avillez para promover a excelência nas empresas

Carla Castro, 24 Fevereiro 2014

Manter a motivação alta, incentivar a competitividade e estar sempre pronto para se superar: são algumas das receitas do ‘chef’ Avillez na gestão da sua equipa de 160 pessoas.


A sua cozinha foi classificada de "excelente" e foi o primeiro ‘chef' português a conseguir duas cobiçadas estrelas Michelin. Num encontro onde se falou de excelência no trabalho e boas práticas de gestão das pessoas dentro das empresas (ver caixa ao lado), José Avillez revelou como gere a sua equipa de 160 pessoas distribuídas por seis restaurantes e um ‘take away'. 

Primeira lição: José Avillez faz questão de ser ele próprio a entrevistar os candidatos a um lugar nos seus restaurantes, depois de uma pré-selecção. "Interessa-me desde o sorriso ao brilho dos olhos. Procuro pessoas com vontade, dispostas a aprender e a crescer connosco", explica o dono do Belcanto. E conta que tem a trabalhar consigo algumas pessoas há mais de dez anos, tendo algumas começado aos 16. "Alguns cresceram comigo, vestiram a camisola e chegaram longe", contou o ‘chef'. Raramente olha para o currículo de um candidato. "Escolho as pessoas por ‘feeling'", confessa. Vai falando e tentando perceber qual é a reacção de quem o está a ouvir.Diz que precisa "de ver como reagem e se têm vontade de se envolver".

No capítulo da motivação da, numa área exigente e de muitas horas de trabalho pela madrugada dentro, acredita que "uma palmadinha nas costas", às vezes, vale mais do que um aumento salarial. "Algumas pessoas que trabalham comigo admiram-me tipo fãs", conta o empresário, sem falsas modéstias, reconhecendo o impacto de ser uma figura pública.

Acreditando também que a comunicação é a chave para lidar com pessoas, os ‘briefings' nos restaurantes são diários e faz questão de ser ele próprio a enviar uma mensagem a cada colaborador no dia do aniversário. Quando alguém faz anos, cantam-se os parabéns e abre-se um bolo no restaurante. Há também presentes, como por exemplo, um jantar para o aniversariante e acompanhante.

Na avaliação da sua mais de centena e meia de colaboradores, José Avillez diz que os canais são vários: pode ser ele próprio, a administração, o chefe directo ou os colegas. Uma prática que incentiva e considera "saudável" é a "competição interna" entre os seus restaurantes". Gosta de ver os colaboradores a ver se facturaram mais nessa noite do que os colegas do outro restaurante.

Mais do que a comida, o serviço tem de superar expectativas

José Avillez acredita que só com empregados que vistam a camisola e motivados é que consegue agradar aos clientes e marcar a diferença - mais do que a comida, o serviço de atendimento é fundamental para ter sucesso nesta área. "Temos de superar as expectativas do cliente", sublinha, "e não nos esquecermos que o que as pessoas mais procuram é atenção quando são servidas.

O seu dia-a-dia "são muitas horas de trabalho", desabafa, desde que se levanta pelas 7h da manhã, de onde vai directamente para um programa de rádio. O dia pode acabar pela uma da manhã. Os seus dilemas pessoais acabam por ser comuns aos da maioria das pessoas com carreiras exigentes: "Tenho de reduzir a carga horária, porque cada vez estou mais sensível à questão do tempo para a família", desabafa.

José Avillez soma hoje 35 anos e licenciou-se em Marketing, com uma tese dedicada ao estudo da gastronomia portuguesa. Passou por alguns dos melhores restaurantes do mundo, como o espanhol El Bulli, onde aprendeu com Ferran Adrià que "a paixão pelo que se faz marca a diferença" e um bom ‘chef' é humilde ao ponto de fazer perguntas a um estagiário. Receitas de sucesso de um ‘chef' que lidera dentro de fora da cozinha.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Oito formas de matar a motivação nas empresas

Fevereiro 18, 2015





Muitos colaboradores trabalham desmotivados devido a diversos factores. Saiba quais são.

A revista Inc. mostra oito formas de arruinar a motivação dos colaboradores de uma empresa. Factores que, realça, deverão ser eliminados.

Pessoas tóxicas, que contaminam com a sua destrutividade o que quer que exista de positivo.

Ausência de desenvolvimento pessoal. A falta de perspectivas de progressão e de crescimento é fatal para a motivação dos colaboradores.

Falta de visão. Sem saber qual é o rumo da empresa e onde se quer chegar, não existe sentido de futuro e os colaboradores sentem-se perdidos.

Tempo perdido. Não valorizar o tempo alheio é fatal para a organização do trabalho de todos.

Má comunicação perturba o fluxo de trabalho, cria rumores, promove a disseminação de informação incorrecta e a duplicação de tarefas… e mata a motivação.

Gestão vertical que não privilegia a colaboração, mas sim o mero cumprimento de ordens de cima para baixo.

Falta de reconhecimento de boas ideias com bons resultados é fatal para a motivação das equipas.

Má liderança, ou líderes que têm um impacto negativo nos membros das suas equipas.

Aqui ficam as empresas que mais investem nas Pessoas

Quem são os vencedores dos Prémios Excelência no Trabalho 2014?

Fevereiro 24, 2015











A edição de 2014 dos galardões promovidos pela Heidrick & Struggles, pelo ISCTE e pelo Diário Económico e que conta com o apoio das revistas Human Resources Portugal e Executive Digest, decorreu ontem, em Lisboa.
EDP, Liberty Seguros, Gatewit e Ilumina são os grandes vencedores da edição de 2014 dos Prémios Excelência no Trabalho, promovidos pela Heidrick & Struggles, pelo ISCTE e pelo Diário Económico e que contam com o apoio das revistas Human Resources Portugal e Executive Digest. A cerimónia de entrega dos prémios, num total de 46 empresas galardoadas, decorreu ontem no Hotel Tivoli, em Lisboa.
A EDP venceu na categoria Grandes Empresas com mais de 1000 colaboradores, ao passo que a Liberty Seguros arrebatou o 1.º lugar na categoria Grandes Empresas. A Gatewit venceu na categoria Médias Empresas, ao passo que a Ilumina assegurou o 1.º lugar na categoria Pequenas Empresas.
Os Prémios Excelência no Trabalho são fruto de um estudo desenvolvido pela consultora Heidrick & Struggles que reconhecem as entidades que mais investem na área do capital humano e do clima organizacional. Participaram neste estudo, já na 5.ª edição, 182 organizações com cerca de 30 mil colaboradores respondentes.

Saiba mais na edição de Março da Human Resources Portugal.


http://hrportugal.pt/2015/02/24/quem-sao-os-vencedores-dos-premios-excelencia-no-trabalho-2014/






segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Portugueses não se sentem valorizados no trabalho

Maio 9, 2014






Os profissionais portugueses não se sentem estimados nas organizações onde trabalham, mostra um estudo da Kelly Services.



O estudo Kelly Global Workforce Index 2014, realizado em 31 países mostra que os profissionais portugueses encontram-se entre os que se sentem menos estimados pelas organizações onde trabalham.


«Apenas 26% dos quase 13 000 profissionais portugueses inquiridos no Kelly Global Workforce Index 2014 se sentem valorizados pelos seus empregadores» assinala a Kelly Services, «um valor que se encontra bastante abaixo da média do estudo (41%) e que apenas é mais reduzido entre os profissionais italianos.»


«Portugal encontra-se também aquém da média global (41%) no que respeita ao comprometimento para com a função actual, uma preocupação apenas presente entre 19% dos profissionais em Portugal. Apenas a Itália (3%) e a Hungria (10%) apresentam resultados mais baixos», lê-se no estudo.


Portugueses são dos que mais pensam em mudar de emprego


Um estudo da Kelly Services revela que 61% dos profissionais inquiridos em Portugal pensa frequentemente em deixar a actividade actual, face a uma média global de 39%.


«63% dos profissionais portugueses admite pesquisar diariamente oportunidades no mercado de trabalho, algo que apenas 39% da totalidade dos profissionais entrevistados afirmou fazer», revela o documento.


Mesmo entre os profissionais que se assumem mais satisfeitos com o cargo actual existe esta procura de melhores alternativas laborais, já que 67% destes assume procurar empregos mais vantajosos. Globalmente, a tendência é inferior, situando-se nos 47%.


O Kelly Global Workforce Index (KGWI) é um estudo de carácter anual conduzido pela Kelly Services sobre o emprego e o ambiente de trabalho. Responderam ao inquérito para a edição deste ano do estudo quase 230 000 profissionais a nível global, num total de 31 países.



Link: http://hrportugal.pt/2014/05/09/portugueses-sao-dos-que-mais-pensam-em-mudar-de-emprego/


Más notícias sobre a qualidade da gestão em Portugal

10 Maio 2012, 23:30 por Miguel Pina e Cunha


A qualidade de uma economia parece depender da qualidade das práticas de gestão disseminadas pelas suas empresas. A investigação sobre o caso português vem revelando, de forma consistente, que as boas práticas de gestão estão longe de fazer parte do dia-a-dia de muitas organizações.
Um estudo acabado de publicar num importante jornal americano, "Academy of Management Perspectives", traz más notícias sobre a qualidade da gestão em Portugal. O texto, com o título "Management practices across firms and countries", é parte de um projecto mais vasto que vem analisando a importância da gestão enquanto tecnologia social. Os autores, liderados por Nicholas Bloom, de Stanford, propõem-se estudar as implicações, para as sociedades, da qualidade da gestão.
Este estudo resultou de 10 mil entrevistas com gestores de empresas de vinte países, incluindo Portugal. Os autores identificaram um conjunto de dezoito técnicas de gestão e analisaram a qualidade da respetiva execução nos países indicados. Os resultados não são animadores nem surpreendentes. Eis algumas conclusões salientes:
A qualidade da gestão nos EUA é superior à dos demais países. A qualidade gestionária é igualmente elevada em países como o Canadá, Alemanha, Japão, Suécia. É baixa nos países em desenvolvimento, como o Brasil, China e Índia. É igualmente baixa nos países do sul da Europa, nomeadamente em Portugal e na Grécia.
As organizações governamentais são mais propensas às más práticas de gestão. Nestas organizações, as promoções resultam mais da antiguidade que do mérito. Não apresentam mecanismos para requalificar ou afastar os trabalhadores com desempenhos persistentemente baixos.
O nível de educação quer dos gestores quer dos não-gestores está fortemente correlacionado com a qualidade da gestão.

A probabilidade de as práticas de gestão serem mais incipientes é maior nas empresas familiares geridas pela família e não por profissionais.

As multinacionais são melhor geridas, em regra, que as empresas nacionais.
A qualidade de uma economia parece depender da qualidade das práticas de gestão disseminadas pelas suas empresas. A investigação sobre o caso português vem revelando, de forma consistente, que as boas práticas de gestão estão longe de fazer parte do dia-a-dia de muitas organizações. Em empresas e outras organizações, públicas e privadas, o saber de experiência feito substitui o conhecimento acumulado de forma sistemática pela investigação em gestão. O nepotismo é um critério seguro em muitos contextos. As falhas são combatidas com desculpas. A arte de desenrascar substitui a boa organização. As rotinas instalam-se e impedem as inovações de gestão, a capacidade de acrescentar ideias a produtos e processos que faz da Alemanha, na Europa, o mais sofisticado exemplo de excelência gestionária (vide Marsh, 2012). Ler o texto de Bloom e seus colaboradores não é bom para o ego, mas seria disparatado ignorar trabalhos como este e deixar de usá-los como oportunidades para a reflexão e para a eliminação de vícios antigos.
Para desenvolver o assunto:
Bloom, N., Genakos, C., Sadun, R. & Van Reenen, J. (2012). Management practices across firms and countries. Academy of Management Perspectives, February, 12-33.
Marsh, P. (2012). Germany stands out for business innovation in face of adversity, Financial Times, January 18, 4. 
Professor catedrático, Faculdade de Economia, Universidade Nova de Lisboa
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/detalhe/maacutes_notiacutecias_sobre_a_qualidade_da_gestatildeo_em_portugal.html